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A cidade de Estação e Tiradentes


Município de Estação e sua história


Estação da RFFSA, origem do nome
Em 21 de abril do ano de 1988, pela Lei nº 8572, estava criado o município de Estação. Ocorrendo a primeira eleição em 15 de novembro do mesmo ano, elegendo Guido Comin e Dorvalino Cecconelo como representantes do legislativo. 


Dentro de sua história, os primeiros colonizadores chegaram no fim do século XIX e o rápido crescimento da pequena colônia deu-se pela riqueza florestal e e pelas terras férteis, próprias para maquinarias. O bom terreno propiciou o desmatamento das matas que desde o século XVIII eram habitadas por caboclos, de origem sulina e paulistas, que destinavam-se a comercialização de gado entre a região de Sorocaba e o Rio Grande do Sul, por meio de tropeadas. 

Até os dias atuais famílias como Pessoa da Silva, Borges, Teixeira entre outras vivem em Getúlio Vargas. Com a chegada dos imigrantes e da estrada de ferro, o eixo econômico da comercialização pecuária, encontrou novo foco, com o abastecimento dos recém chegados da Europa e das consideradas terras velhas (primeiras áreas de colonização do RS, como Serra e Vale dos Sinos). Os imigrantes em sua maioria italianos, alemães, poloneses e os próprios caboclos, introduziram a agropecuária diversificada, a viticultura, além de trigo, milho, feijão. Com intuito de legalizar a ocupação, que vinha desenvolvendo-se nesse local, no ano de 1908 foi fundada a Estação Erechim.

Tanta diversidade de raças e culturas, só ocorreu pela existência da estrada de ferro, inaugurada em 3 de maio de 1910, aos altos do Ramal Passo Fundo-Marcelino Ramos (PF–MR), onde as primeiras famílias de desbravadores desceram pela conexão estabelecida, ligando o Rio Grande do Sul ao estado de Santa Catarina.

Inconfidência Mineira


A Inconfidência Mineira, um dos primeiros movimentos organizados pela população brasileira para tentar buscar a independência do país, aconteceu em 1789. Segundo o professor de História João Pinto Furtado, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a comemoração de algo perdido é extremamente claro, visto que a Inconfidência foi uma revolução abortada porque não poderia chegar ao seu objetivo de independência. 

“Ela tinha divergências entre os próprios inconfidentes: eles pregavam a busca pela liberdade, mas provavelmente jamais teriam pensado em abolir a escravidão, por exemplo”, explica. “Esta contradição, com o fato de a revolução ter sido abortada, nunca veio a público.” O principal motivo que desencadeou a Inconfidência Mineira foi a imposição de taxas abusivas sobre a mineração do ouro. A população, descontente, decidiu se rebelar. “A questão é que hoje as pessoas não têm percepção deste deslocamento simbólico. Isto quase sempre faz parte do discurso científico”, diz Furtado.

O professor explica que a busca da identidade cultural resume o motivo pelo qual a revolução é tão comemorada nos dias atuais. “A promessa de liberdade, embora não cumprida pelos inconfidencialistas, continua sendo um bom motivo para se recordar. As pessoas acreditam que ela simboliza os direitos civis e humanos.”

O movimento também foi reapropriado no século 19, quando teve uma recuperação de sua memória – foram construídos monumentos a Tiradentes, foi criada a Praça 21 de abril. “Foi por causa do movimento republicano. Aconteceu uma forte disputa entre cariocas e paulistas sobre quem seria o grande mentor da república. 

Por uma espécie de acordo entre cavalheiros, voltaram ao passado e escolheram Tiradentes, o único que perdeu a vida na revolução mineira. Ele representa a luta pelas coisas que faltavam, o martírio.”


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