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50 Anos do maior desastre ferroviário do RS

O choque de trens aconteceu em 1968 e causou mais de 50 mortes no local


Esse acidente, pelas informações que se tem, aconteceu no trecho da ferrovia que vai de Montenegro a Lajeado, próximo à estação Fanfa, no município de Triunfo, perto da ponte ferroviária sobre o rio Taquari. Deve ter sido o acidente ocorrido na localidade de Fanfa, o mais grave acidente ferroviário acontecido no Rio Grande do Sul.

Tragédia FerroviáriaUm trem cargueiro avan­ça em alta velocidade e colide vi­olentamente com os dois vagões de passageiros de um trem misto que fazia o trajeto de Porto Alegre a General Câmara, o pior acidente ferroviário da história do Rio Grande do Sul, 48 mortos e mais de 60 feridos que ficaram marca­dos física e psicologicamente para sempre.

"Eu me lembro daquele trágico acidente de Fanfa onde dezenas morreram. Ainda recordo do chefe da estação passando correndo frente à casa do meu tio em direção ao hospital para avisar do ocorrido. Eu era guri na época, alguma coisa eu me lembro do que foi o maior acidente de trem do RS. Um trem se não me engano carregado de paralelepípedos não parou num cruzamento e chocou-se com o trem misto que vinha de Porto Alegre. A maioria das pessoas trabalhava na capital ou retornava para passar o fim de semana, não lembro bem isto deve ter ocorrido em meados de 1967 ou 1968. Falavam na época que o maquinista do cargueiro teria dormido ao passar por uma estação onde receberia ordem para parar a 100 m do entroncamento. Sei que o maquinista não foi julgado e o crime prescreveu (30 anos)" (Cesar A. S. Pereira, Pântano Grande, RS, 04/2007). 

Foram, na verdade, 68 mortos e 60 feridos no dia 27 de janeiro de 1968. O trem misto, apelidado de "Leiteiro", colidiu com um cargueiro de 689 toneladas próximo ao bairro de Porto Batista, às 17h50 e a cerca de 100 m da estação de Fanfa, atingindo dois carros de passageiros. A estação deixou de receber trens de passageiros em fevereiro de 1996, quando estes foram suprimidos entre Porto Alegre e Uruguaiana. Está razoavelmente conservada em 2015 e servindo como moradia.

(Fontes: Victor Hugo Langaro; Bernardo Cerentini; Cesar A. S. Pereira; Claudio Arriens; Alfredo Rodrigues; IPHAE: Patrimônio Ferroviário do Rio Grande do Sul, 2002; Ariosto Borges Fortes: VFRGS, suas estações e paradas, 1962; Jornal Zero Hora, 1968; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1940-81; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)

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